Cadeia de abastecimento do medicamento “fragilizada” com coronavírus

Nas notícias veiculadas pela imprensa internacional começa a vir ao de cima a fragilidade das cadeias de abastecimento do medicamento. Se, por um lado, a China é o grande produtor e fornecedor de substâncias activas e de medicamentos acabados para os EUA, por outro lado, a Índia que produz muitos dos medicamentos, principalmente genéricos, para o mercado Europeu, importa a maior parte das substâncias activas da China.

Para se ter uma ideia da «dimensão do problema», a Índia exportou 19 mil milhões de dólares em medicamentos o ano passado e é responsável por um quinto da produção mundial de genéricos por volume.

O encerramento das fábricas na China e, apesar de muitas já estarem a laborar, a produção ainda está a «níveis muito baixos». Isto tem levado a problemas de abastecimento que vão de antibióticos comuns a vitaminas.

Por esta razão, o governo Indiano restringiu a exportação de 26 medicamentos sem autorização expressa do governo. Isto devido ao receio de que estes possam faltar localmente em caso de agravamento do surto do coronavírus. Entre estes medicamentos contam-se antibióticos, analgésicos, anti- virais e vitaminas.

Esta decisão da Índia é importante, pois muitos países dependem deste país para se abastecerem de medicamentos. Também um estudo realizado pelas autoridades indianas concluiu que no caso de 34 ingredientes activos não existem fornecedores alternativos à China. Até agora, a Índia fazia o sourcing na China por questões de preços, pelo que aparentemente não é possível resolver o problema sem haver aumentos significativos no preço do medicamento.

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