APDL e ANTRAM assinam protocolo para descarbonização dos portos de Leixões e Viana do Castelo

A APDL- Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo e a ANTRAM-Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias assinaram, esta quarta-feira, 09 de Dezembro, um protocolo com vista à descarbonização dos portos de Leixões e Viana do Castelo, na sequência da decisão desta Administração Portuária, em interditar a entrada e circulação de viaturas Euro I, II, III e IV nos portos de Leixões e Viana do Castelo já no próximo ano.

A redução do número de camiões mais poluentes a circular nas infraestuturas portuárias, já a partir de 2021, vai representar uma diminuição de 50% da poluição.

Para que a adaptação seja gradual, está previsto um período de transicção para as viaturas que, a 31 de Dezembro deste ano, estejam já registadas nos respectivos portos. Para os camiões EURO I e II, os classificados como mais poluentes, este período será de 24 meses e, as viaturas EURO III e IV, terão 36 meses para a adaptação.

Diariamente entram no Porto de Leixões mais de 1500 viaturas de transporte de mercadorias, que libertam um total de 1,189 toneladas de CO2 para a atmosfera, sendo cerca de 27 % das viaturas pesadas classificadas como EURO I, II, III e IV.

Para além desta medida, o acordo prevê a redução dos tempos das operações, designadamente o levantamento e entrega de contentores marítimos ou outras mercadorias, contribuindo para a diminuição da emissão de gases para a atmosfera e para a redução da emissão de ruído provocado pela circulação e pela actividade de camiões dentro da área portuária.

«O compromisso firmado faz parte de uma série de medidas que a APDL tem vindo a implementar com vista à melhoria da qualidade do ar na área portuária e, consequentemente, nas áreas envolventes, minimizando os impactos da sua atividade nas cidades e implementando as melhores práticas na gestão dos recursos, de modo a reduzir a pegada ambiental dos seus portos», adianta a APDL.

«Este protocolo tem ainda mais significado uma vez que esta semana se assinalam cinco anos desde a aprovação do Acordo de Paris. Um dos grandes objetivos da APDL, nos próximos anos, é servir de exemplo aos restantes portos portugueses na implementação de medidas que tornem as nossas infraestruturas portuárias mais sustentáveis. Estamos a desenvolver um verdadeiro roteiro para a descarbonização, com um conjunto de medidas que visam reduzir a pegada ecológica da nossa atividade, até 2030. Mais uma vez, estamos na vanguarda do sector portuário no que concerne ao respeito ambiental e social» explica Nuno Araújo, presidente da APDL.

Já Pedro Polónio, presidente da ANTRAM, destaca que «a ANTRAM tem como um dos seus grandes objetivos a redução das emissões atmosféricas das viaturas dos seus associados e, igualmente, a melhoria das frotas por estes utilizadas. Assim sendo, estamos muito satisfeitos com a assinatura deste protocolo que trará benefícios importantes aos portos, cidades e populações.»

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