Movimento de carga nos portos continentais aumenta 36,4% em Maio

No mês de Maio, o volume de carga movimentada no Ecossistema Portuário do Continente foi de 7,6 milhões de toneladas, o que corresponde a uma variação homóloga positiva de 36,4%. Este valor introduziu uma inflexão na evolução do volume acumulado de carga movimentada que, no período Janeiro-Maio de 2021, ascendeu a 36,18 milhões de toneladas, quase mais dois milhões do que no mesmo período de 2020, um acréscimo homólogo de 5,8%.

Este desempenho deve ser relativizado pelos baixos valores dos meses homólogos, afectados negativamente pelas medidas de combate à pandemia de covid-19 e por terem sido antecedidos de três registos negativos consecutivos nos períodos homólogos anteriores.

O maior contributo para este crescimento foi do porto de Sines, que no mês de Maio, registou um acréscimo homólogo de 80%, e um crescimento acumulados de 17,9% que corresponde a mais 3 milhões de toneladas. Este desempenho é acompanhado, embora com valores menos expressivos, pelos portos de Lisboa, Aveiro e Setúbal, cujo movimento total excede em, respectivamente, 330,5 mil toneladas (mt) (correspondente a 9,3%), 203,2 mt (9,5%) e 110,5 mt (4,1%) o do período Janeiro-Maio de 2020.

Segundo a análise da AMT, o resultado obtido por estes portos anula o comportamento negativo de Leixões, que regista uma diminuição de 1,49 milhões de toneladas (19%), acompanhado pela Figueira da Foz (-162,4 mt ou -19,4%), Viana do Castelo (-25,4 mt ou 14,7%) e Faro (-23,9 mt ou -45,5%).

As tipologias de carga que assumem maior peso neste comportamento são a Carga Contentorizada em Sines e o Petróleo Bruto em Leixões, que traduzem respectivamente um acréscimo de 1,4 milhões de toneladas (17,9%) e um decréscimo de 1,26 milhões de toneladas (-83,8%). Como causas deste desempenho merecem destaque o forte incremento das operações de transhipment na sequência da prorrogação da concessão do Terminal XXI à PSA Sines e subjacente investimento de expansão, e a cessação da actividade da refinaria da Galp em Matosinhos, que determinou o fim do desembarque de Petróleo Bruto no respectivo terminal petrolífero. É importante salientar ainda o comportamento em Sines dos mercados de Produtos Petrolíferos e do Petróleo Bruto, responsáveis por acréscimos respectivos de 1,1 milhões de toneladas (22,4%) e de 605,2 mt (17,2%).

 

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