Logística está em destaque no guia do mercado laboral 2016
26 de Janeiro de 2016
Os perfis de logística/supply chain figuram entre as principais prioridades dos empregadores da região Centro de Portugal este ano, situando-se um pouco acima da média nacional. Esta é uma das conclusões do mais recente “Guia do Mercado Laboral 2016”, lançado pela Hays.
Segundo refere, 2015 foi “um ano excelente para os sectores da indústria e da logística que, tendo apostado na diversificação de produtos e serviços e na internacionalização e desenvolvimento de novos canais de exportação, reforçaram a sua posição como grandes motores de crescimento económico do país”.
A abertura de novas unidades industriais e centros de competências e o aumento das exportações, dinamizaram as contratações de variados perfis de Engenharia, associados a ambiente produtivo, bem como de profissionais de logística e Supply chain. “As boas notícias não se estendem, no entanto, ao sector da construção, que não encontrou ainda soluções de recuperação do longo processo de downsizing dos últimos anos”.
Como refere o documento, a optimização de processos e custos “continua a ditar as tendências de recrutamento do sector industrial”, seja na contratação de perfis que contribuam activamente para uma maior eficiência, produtividade e qualidade, como os responsáveis de melhoria contínua, directores de produção, responsáveis de manutenção ou engenheiros de qualidade, seja no recrutamento de técnicos de compras que garantam uma negociação mais eficaz com fornecedores, tendo em vista a redução de custos.
Em 2015, responsáveis de logística e Supply chain com conhecimentos de lean e six sigma e com capacidade de gestão de equipas estiveram na lista de prioridades de recrutamento na indústria e operadores logísticos em Portugal. O estudo salienta a dificuldade de o mercado encontrar gestores de melhoria contínua com certificações em black belt.
Também os compradores e gestores de produto foram muito solicitados no último ano, “ainda que sejam perfis difíceis de identificar no mercado, sobretudo os que evidenciem forte conhecimento da área têxtil/moda e experiência em procurement internacional”. D
Para 2016, o “aumento das exportações deverá continuar a alavancar o negócio dos sectores têxtil, calçado, alimentar, metalomecânica e química, dinamizando assim as áreas produtivas e potenciado ainda mais contratações”, o mesmo deverá verificar-se nos sectores automóvel e aeronáutico.
Profissionais de gestão industrial, melhoria contínua, manutenção, produção e procurement continuarão a beneficiar “do bom momento do sector industrial, figurando entre os mais procurados em 2016”. As exportações “terão um impacto igualmente positivo nas empresas de logística e transitários, que apostarão no recrutamento de perfis para aumentar a eficiência das operações logísticas e cadeias de Supply chain”.
Relativamente à média de salário bruto na logística, a Hays destaca a função de director de operações, cujo salário varia entre os 38.000 euros e os 60.000 euros em Lisboa e os 35.000 euros e os 49.000 euros no Porto, consoante os anos de experiência. Já um director de logística pode auferir anualmente entre os 38.000 euros e os 63.000 euros em Lisboa e os 38.000 euros e 56.000 euros no Porto.
Nas compras, um director de compras numa empresa industrial tem como média salarial os 42.000 euros e os 55.000 euros em Lisboa e entre os 35.000 euros e os 49.000 euros no Porto. A mesma função numa empresa do retalho ou grande distribuição conta com uma média salarial de 56.000 euros em Lisboa e no Porto.