Logística e Supply Chain são elemento central

Pedro Guerra de Mega, Director Comercial UPS Angola – Grupo Orey Angola

Logística e Supply Chain são, cada vez mais, um elemento central em qualquer economia, muito especialmente numa economia em franca expansão, como é o caso da economia Angolana.

 

Expansão essa que se verifica, em cada dia, na rua, na interacção com o mercado e, muito especialmente, nos negócios e na forma de os realizar.
Esta crescente procura de outsourcing de operações Logísticas e de Supply-Chain em operadores especializados, necessita ser satisfeita através de uma apropriada, eficiente e “cost-effective” entrega de bens e serviços.

O mercado angolano está a tornar-se muito exigente, tanto nos padrões de qualidade que pretende, como no desenvolvimento tecnológico que “obriga” os operadores logísticos a dotarem-se de meios e a ter capacidade de investimento, para proporcionar nas suas operações, as obrigações que lhes são exigidas pelos clientes.

É interessante para quem chega de novo ao mercado, como é o meu caso, verificar que este mercado exige em qualquer negociação, aos mais variados níveis, os seguintes padrões:
– Qualidade de infraestruturas de armazenagem e avançada gestão da operação logística.
– Absoluta necessidade de alcançar cotações competitivas.
– Competência técnica e capacidade de respostas, tanto tecnológica, como ao nível de recursos humanos com Know-How especializado.
– Controlo da operação através de Track & Trace.
– Obrigação de estrito cumprimento de prazos contratados na entrega aos destinatários.
– Eficiência no processo aduaneiro de desalfandegamento, algo que é vital no procedimento de importação para Angola.

Estes níveis qualitativos, inicialmente trazidos por companhias internacionais, que aplicaram os seus padrões de qualidade de serviço, foram absorvidos pelo tecido empresarial Angolano, que passaram a estabelecer, igualmente, esse como o seu standard de serviço.

O facto de ser ainda um mercado com características proteccionistas, a que os operadores internacionais não estavam habituados, levou a que o “aculturamento” de empresas como a nossa, com 30 anos de presença no mercado, incidindo nas diversas áreas de Transporte, Logística, Supply-Chain e desalfandegamento, tenham, dessa forma, conseguido suprir as naturais dificuldades e elevar os critérios exigidos, igualando-os aos mercados economicamente mais desenvolvidos, nomeadamente, através da formação e adequação tecnológica de quadros nacionais.

O mercado Angolano é, efectivamente, um desafio extraordinariamente estimulante para qualquer profissional, com as dificuldades, mas principalmente com as estimulantes oportunidades que mercados emergentes sempre geram.

Pedro Guerra de Mega
Director Comercial UPS Angola
Grupo Orey Angola