Logística Centro de Custos Vs. Centro de Receitas

paula finisterra

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Logística Centro de Custos Vs. Centro de Receitas

Paula Finisterra, Locodis

Perante a atual crise financeira e económica as organizações foram obrigadas a alterar as suas estratégias num mercado em constante mudança para obter o maior beneficio sobre o investimento por outro lado,os seus clientes tornaram-se mais exigentes e rigorosos, querem produtos de qualidade que lhes traga maior valor acrescentado.

 

Durante muitos anos em Portugal, os Gestores nas organizações direcionaram o seu enfoque para as suas equipas comercias já que eram estas, as que geravam um lucro imediato e visível. Ao invés, a logística, foi sempre vista, como um centro gerador de custos,uma área periférica à organização.

Coloca-se então a questão : Poderá ser a Logística um Centro de Receitas ?

A resposta é sim.

Perante a realidade do mercado atual, a logística, tem que deixar de ser responsável apenas por, armazenar e transportar mercadorias – um centro de custos, e passar a ser determinante para o sucesso das organizações -um centro de lucro criando valor acrescentado aos produtos.
Qualquer organização, seja ela do setor de produção de bens ou de oferta de serviços, trabalha para oferecer algo ao mercado; logo, é possível dizer que ela trabalha com o objectivo de atender às necessidades dos clientes, que lhe trarão o lucro. Os clientes compram mais que produtos: compram valor acrescentado.
De forma geral, o sucesso ou fracasso de uma organização está diretamente relacionado ao nível de valor entregue aos clientes, O valor para o cliente pode ser definido como a relação entre os benefícios percebidos e os custos totais incorridos para a obtenção desse produto/serviço. Ao ter que escolher entre dois produtos semelhantes em preço e qualidade, mas com um deles para ser entregue em 2 dias e outro com entrega no ato, é provável que o cliente escolha aquele que possa ser levado no momento da compra. Isso é uma forma de diferenciar seus produtos dos de seus concorrentes.
Deste modo, não podemos esperar que seja apenas o preço/qualidade e a capacidade da força de vendas da organização, as componentes definitivas para o fecho de um negócio, mas sim a percepção de valor que o cliente tem em relação ao produto/serviço oferecido. Para agregar valor, é preciso ter produtos disponíveis, ter condições de cumprir os prazos de entrega, é fazer entregas para longas distâncias e faze-los chegar aos clientes no melhor estado.
Assim é função logística identificar estas deficiências ao longo do processo e encontrar soluções que melhorem cada caso num processo colaborativo com as restantes áreas da organização, com o objectivo maximizar os lucros e tornar-se deste modo, também num Centro de Receitas.

Paula Finisterra

Directora de Logística na SG Services – Locodis

22 de Janeiro de 2014

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