Imobiliário: industrial e logística são as áreas mais procuradas

As áreas industrial e logística são as mais procuradas pelos investidores europeus, ultrapassando pela primeira vez os escritórios. O estudo anual da CBRE Investor Intentions Survey para a região EMEA indica que o crescimento do ecommerce continua a beneficiar o sector, sendo que um terço dos inquiridos na Europa expressa a sua preferência pelo imobiliário industrial, reflectindo a tendência global.

Na região EMEA, os escritórios ficaram em segundo lugar, reunindo as preferências de 26% dos inquiridos, com os investidores a favorecer mercados com fortes fundamentos económicos que favoreçam o aumento das rendas e elevados níveis de liquidez. O imobiliário residencial teve o aumento mais acentuado em termos de popularidade, quando comparado com 2017, e foi a classe de ativos eleita por 21% dos inquiridos.

Nuno Nunes, director de investimento da CBRE Portugal, comenta: “Este fenómeno em Portugal apenas agora começa a ser sentido de forma mais evidente com aumento na procura de armazéns para comércio online, principalmente armazéns de proximidade e não grandes plataformas. Ainda no retalho tradicional existem vários players que estão a ampliar de forma significativa as suas redes de distribuição promovendo também a forte expansão das suas plataformas logísticas, esperando-se a construção de mais de 300.000m2 nos próximos dois anos”.

“Para 2018, em Portugal, vai continuar a existir uma forte procura de escritórios suportados por escassez de espaço e subidas de rendas e de centros comerciais que estão a atravessar uma fase de mudança de paradigma. Destaca-se também a tendência de procura por imobiliário alternativo, nomeadamente em hospitais e residências para estudantes que deverão registar um volume de investimento significativo”.

Os investidores são cada vez mais criativos na procura de alternativas para aplicar o capital, derivado do elevado preço dos imóveis e da reduzida disponibilidade de ativos core. Na região EMEA, 72% dos entrevistados indicaram que já investiram em imobiliário alternativo e 70% revelaram que estavam ativamente à procura de oportunidades nestes sectores.

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