Fortalecer a supply chain para enfrentar as alterações climáticas

As empresas têm de começar a integrar a alterações climáticas na sua estratégia de risco, pois estas podem pôr em risco a capacidade das empresas em conseguirem cumprir as suas obrigações para com os clientes. Esta é a conclusão de um estudo realizado pelo Sustainability Consortium (TSC) e financiado pela HSBC, que sugere que as empresas comecem já a tomar medidas para prevenir possíveis disrupções na supply chain causadas por fenómenos meteorológicos extremos devido às alterações climáticas.

O estudo “Melhorar a resiliência da supply chain para gerir os riscos das alterações climáticas”, realizado por Christy Slay, TSC Director of Technical Alignment e Kevin Dooley, TSC Chief Scientist e membro da Arizona State University, avisa que as alterações climáticas vão resultar numa ocorrência maior de fenómenos meteorológicos extremos e numa subida do nível dos oceanos, o que vai causar disrupções nas cadeias de abastecimento, com uma maior frequência. Este facto vai levar a um aumento de custos ou a uma redução na qualidade ou quantidade de produtos entregues à indústria pelos seus fornecedores.

Segundo os autores do estudo, na presente pandemia todos vimos uma enorme ocorrência de disrupções. Infelizmente este vai ser o tipo de desafios com que as cadeias de abastecimento se vão defrontar com maior frequência no futuro. Assim os autores consideram ser este o momento para aumentar a resiliência das cadeias de abastecimento.

O estudo também concluiu que:
– Os riscos colocados pelas alterações climáticas podem levar a um maior escrutínio por parte dos investidores às supply chains das empresas, nomeadamente no que toca às emissões de gases de estufa. Para estarem melhor preparadas para enfrentar o futuro, as empresas devem incorporar as alterações climáticas nas suas análises alargadas à gestão do risco;
– As estratégias para mitigar riscos como pontes ou buffers melhoram a capacidade da empresa para lidar com os riscos e para se protegerem contra falhas e disrupções inevitáveis no fornecimento. Entre os riscos possíveis conta-se o aumento de custos, redução da qualidade ou atrasos no fornecimento;

As empresas que consigam enfrentar os desafios necessários e tornarem-se mais resilientes podem vir a tornar-se mais atractivas para os empregados, clientes e investidores.

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