Cargas movimentadas nos portos portugueses cresce 7,5% em 2015

Cargas movimentadas nos portos portugueses cresce 7,5% em 2015

1 de Março de 2016

O sector das cargas movimentadas em 2015 atingiu cerca de 90 milhões de toneladas. Um aumento de 7,5% face a 2014, onde Sines vale quase 50% do sector.

O volume de carga movimentada pelos principais portos comerciais que integram o mercado portuário do Continente ascendeu a 88,9 milhões de toneladas de carga, um aumento de 7,5% do volume face 2014. Este é o valor mais elevado de sempre e resulta do comportamento dos portos de Sines, Leixões e Aveiro.

Este aumento global de 7,5% resulta do crescimento do tráfego em Sines, com mais de 17%, conjugado com os aumentos registados nos portos de Leixões e Aveiro, ambos de +3,7%, e com as reduções de tráfego observadas nos restantes portos, destacando-se o porto da Figueira da Foz com -7,8%, o de Setúbal com -7%, o de Viana do Castelo com -6% e o de Lisboa com – 2,3%.

Sines é o porto que regista um maior volume de carga movimentada, com 49,5% do total nacional (um aumento de 4% relativamente ao ano anterior), assumindo particular relevância o segmento do mercado de Granéis Líquidos (65,9%), por efeito da importação de Petróleo Bruto para a refinaria da Galp Energia. O porto de Leixões destaca-se como o segundo com maior volume de carga movimentada, com 21,1%, seguindo-se o de Lisboa com 13% e o de Setúbal com 8,4%.

O ano de 2015 marca também o mercado de contentores, que apresenta o valor mais elevado de sempre, registando um volume de cerca de 2,58 milhões de TEU, mais 2,5% relativamente a 2014. Este crescimento é verificado sobretudo nos portos de Sines, Setúbal e Figueira da Foz, que apresentam um aumento de 8,5%, 17,7% e 17,6%, respectivamente. Os portos de Leixões e Lisboa registam uma quebra de -6,4% e -4,1%, respectivamente.

Relativamente às escalas de navios de diversas tipologias, os portos em análise registaram em 2015 um total de 10 710 escalas, +2,2% face a 2014, o que corresponde a uma arqueação de 190,4 milhões de GT, um aumento de 10,2% comparativamente ao ano transacto. O volume global de GT é assim o mais elevado de sempre e verifica-se nos portos de Sines, Lisboa, Aveiro, Douro e Leixões, com variações positivas entre os 5,9% e os 14%. O porto de Figueira da Foz foi o único a registar quebra na GT dos navios, com uma diminuição de 8%. O número mais elevado de escalas verificou-se nos portos de Douro e Leixões, representando 25,5% do total, um aumento de 4,2% face a 2014.

No que respeita à carga Contentorizada, o ano de 2015 registou um aumento de 5,8% face ao volume do ano anterior.

A carga embarcada, com origem no hinterland dos portos em análise, atingiu também o valor mais elevado de sempre, com um volume total de cerca de 30,6 milhões de toneladas, mais 2,1% comparativamente ao ano transacto. Para este facto, foi determinante o comportamento do mercado de Produtos Petrolíferos, que cresceu 20,7%, e dos Produtos Agrícolas, que aumentou 13%.

Quanto ao volume de carga desembarcada, na qual as “importações” representam mais de 90%, verificou-se um aumento de quase 10% face a 2014, muito influenciado pelo crescimento da importação de combustíveis fósseis, que representaram 38,5% do total de carga desembarcada.

À semelhança do que se tem vindo a verificar nos últimos anos, os portos de Viana do Castelo, Figueira da Foz e Setúbal, registaram um volume de carga embarcada superior ao da carga desembarcada, atingindo valores de 73,8%, 68,5% e 64,4%, respectivamente.

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