“A retoma existe mas ainda é muito ténue”

“A retoma existe mas ainda é muito ténue”

30 de Junho de 2015

2014 foi um ano de mudanças para a Gefco. Fernando Reis Pinto, administrador da empresa, faz um balanço positivo da reestruturação e reorganização da filial portuguesa, que considera estar agora optimizada e com um portfólio de soluções adequado às necessidades do mercado.

 

“Foi um ano interessante 2014, não em termos de volume de negócios, pois crescemos cerca de 1%, mas em termos de reestruturação e reorganização de processos, o que permitiu que ao nível dos resultados melhorássemos fortemente e que estejamos muito mais preparados para o futuro”, explicou à Logística Moderna o administrador da Gefco Portugal.
A mudança passou essencialmente pela adequação às necessidades do mercado e criação de novas metodologias, ajustando e optimizando assim o portfólio de soluções da empresa. E os resultados não se fizeram esperar. “Em 2015 já vamos com uma evolução bastante positiva”, salienta Reis Pinto. “Dois passos que foram dados o ano passado: a certificação ambiental e a certificação enquanto operador económico autorizado. Outro passo importante em termos de adequação às necessidades do mercado e que está em fase de conclusão é a dos armazéns alfandegados à importação e os depósitos temporários”, acrescenta o gestor. Ou seja, os armazéns da GEFCO em Lisboa e no Porto além de já estarem homologados há alguns anos à exportação, também vão ficá-lo para a importação e para funcionarem como depósitos temporários. “A estratégia tem passado por dotar as nossas equipas e os nossos espaços de meios que nos permitam acrescentar valor e oferecer aos clientes um serviço cada vez melhor e à medida”, sublinha.
Por isso mesmo, para a Gefco 2014 fica marcado pela continuação da operação La Poste, que terminou no primeiro trimestre de 2015, e o arranque em pleno com o cliente Daimler. De recordar que a Gefco foi a empresa seleccionada pelo grupo Daimler, representante da Mercedes-Benz em Portugal, para a distribuição das viaturas comerciais do modelo Sprinter nos diversos concessionários nacionais da marca. A solução implementada foi personalizada para a Daimler, dado que a origem da distribuição é o porto de Setúbal, quando geralmente as viaturas passam por um centro de logística automóvel. Já o percurso para o destino final – a rede nacional de concessionários da marca – foi também preparado para que possa ser flexibilizado e adaptado, mesmo após a expedição da fábrica, correspondendo às necessidades comerciais da Daimler.
“O mercado automóvel cresceu em 2014 mais de 30%. Este ano está a crescer ao mesmo nível, obviamente que sabemos que este crescimento fica a dever-se maioritariamente a grandes frotas e ao segmento de rent-a-car e não propriamente ao mercado particular, mas ainda assim não deixa de ser assinalável pela positiva o crescimento que se tem registado.”
Fernando Reis Pinto reconhece que embora 2015 tenha começado com ritmo lento, nota-se efectivamente uma melhoria e maior dinâmica por parte da actividade das empresas. “A retoma existe mas ainda é muito ténue. Isto é válido também em matéria de investimentos. Convém não esquecer que estamos em ano de eleições e ainda não se sabe muito bem o que irá acontecer, pelo que os próprios agentes económicos estão a trabalhar de forma prudente”, justifica.
Os investimentos que o operador logístico tem previstos prendem-se sobretudo com projectos que estão a ser trabalhados com os clientes: “há projectos que, se avançarem, vão envolver investimentos da nossa parte para dar resposta às necessidades e exigências dessas operações”.

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