Shell e Total regressam a Portugal
29 de Novembro de 2016
A Shell, através da sua representada DISA para os postos de abastecimento na Península Ibérica, iniciará a sua actividade em Portugal até ao final do ano. Passados 12 anos da venda das suas operações em Portugal, os portugueses voltarão a poder optar pela marca da concha. Também a Total regressará em janeiro de 2017 após oito anos de ausência, depois de ter vendido a sua rede à CEPSA.
“Estes investimentos são positivos, pois vão ao encontro de um desejado aumento da concorrência no sector dos combustíveis em claro favor dos consumidores portugueses, mas sobretudo é um voto de confiança no Governo e no seu desejo de abertura logística do mercado, nomeadamente a separação patrimonial do transporte de combustíveis inscrita no seu programa, e que a ENMC tem aplicado e supervisionado, como aliás é reconhecido pelo mercado”, indica a ENMC em comunicado. Nesse sentido vem a concessão à ENMC, por 25 anos, dos depósitos e oleodutos militares com um programa de investimentos de 15 milhões de euros, recentemente autorizados por despacho conjunto dos Senhores Secretários de Estado Adjunto do Tesouro e Finanças e da Defesa.
O porto da Trafaria será o primeiro porto de abastecimento de combustíveis em águas profundas não controlado pelo único refinador nacional. A estas duas empresas juntar-se-ão mais dois operadores ibéricos de comercialização de garrafas de gás butano e propano e, eventualmente, uma cadeia de supermercados na venda de botijas de marca branca. Estas entradas decorrem sobretudo da regulamentação levada a cabo pela ENMC, com o apoio do Governo, nomeadamente a obrigatoriedade da troca de garrafas entre operadores, que que tem permitido e facilitado a mudança de fornecedor de garrafas, eliminando as barreiras à entrada de novos operadores e uma maior concorrência, com correspondente baixa de preços na luta por quota de mercado. Apesar dos preços de GPL engarrafado em Portugal serem dos mais baixos em mercado livre, quando comparados com outros países como a França, a Itália ou a Inglaterra, existe margem para descerem por aumento da concorrência entre novos e antigos operadores.