MIT cria algoritmos para que drones determinem se estão aptos para voar

MIT cria algoritmos para que drones determinem se estão aptos para voar

26 de Agosto de 2014

Num futuro próximo, uma encomenda realizada online pode ser depositada à sua porta mediante o uso de drones. Esta possibilidade tem levantado algumas dúvidas relativamente às questões de segurança destas operações. O MIT anuncia agora uma forma para corrigir possíveis falhas do sistema.

 

Em Dezembro do ano passado, a gigante Amazon anunciou planos para explorar as entregas baseadas no uso de drones, sugerindo que as frotas de robots possam vir a ser usadas como transportadores autónomos, com capacidade para entregar encomendas em 30 minutos.

Estes serviços levantam algumas incertezas relativamente à resposta a factores como ventos, erros na medição das distâncias e níveis de combustível, os quais podem estar muitas vezes fora do alcance dos seus fornecedores. Por este motivo, investigadores do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) acabam de anunciar o desenvolvimento sistemas estruturados por algoritmos que poderão ajudar a garantir a entrega em segurança através do uso deste tipo de aparelhos.

A equipa desenvolveu um algoritmo que permite ao drone monitorizar aspectos relacionados com o seu próprio estado de “saúde” em tempo real. Com esta valência, um drone pode diagnosticar o seu nível de combustível, condição das suas hélices, câmaras e outros tipos de sensores e tomar medidas pró-activas para correcção desses problemas, como por exemplo mudar a sua rota. O sistema permite ainda que os drones consigam simplificar as suas rotas e evitarem possíveis choques com obstáculos.

Nas simulações realizadas, que envolveram múltiplas entregas sob diferentes condições ambientais, os investigadores registaram poucas falhas. Para Ali-akbar Agha-mohammadi do departamento de aeronáutica e astronáutica do MIT, “com algo como a entrega de encomendas, que necessitam de ser realizadas de forma persistente durante horas, devemos ter em conta a saúde do sistema. Verificámos, nas nossas simulações, que mesmo em ambientes mais agressivos os 100 drones utilizados tiveram muito poucas falhas”.

Os detalhes deste projecto serão apresentados em Setembro no IEEE/RSJ International Conference on Intelligent Robotos and Systems, que decorre em Chicago.

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