Jungheinrich focada na indústria e no crescimento sustentado

Jungheinrich focada na indústria e no crescimento sustentado

21 de Outubro de 2014

“A nossa estratégia para o próximo ano passa por abrir mais o leque de produtos, fomentar mais o crescimento sustentado que temos tido, atacar mais a indústria e aproveitar o lançamento destes novos produtos”, avançou à Logística Moderna Rui Crespo, head of key account sales da Jungheinrich, à margem do “Salão de Usadas Jungheinrich”, evento que decorreu em Lisboa, na passada semana.

Rui Crespo adianta que a Jungheinrich é muito mais do que uma marca de empilhadores. “A empresa é muito conhecida em Portugal pelo empilhador (…) mas temos toda a componente que envolve a logística e a intra-logística”. Como referiu, “quando pensamos num empilhador, que faz o transporte da carga e a sua arrumação, temos de pensar onde e como vamos arrumar e aí já estamos a falar de uma coisa simples que é a estanteria, mas que pode transformar-se em algo mais complexo, como um sistema de armazenagem. Para o fazermos, precisamos de uma gestão eficaz do armazém e para isso temos a rádio-frequência e o WMS”. Para o responsável é importante escutar o mercado, percebê-lo e ter um portfolio de produtos eficaz.

Nos últimos cinco anos, Rui Crespo sublinha que passou a haver “uma tentativa de maior racionalização dos processos”. Como refere, “logicamente que o preço é importante, mas a eficiência dos processos e a consequente racionalização económica são muito mais importantes para o cliente”. “Não foi tanto a procura pelo preço que mudou nos últimos anos, pois ela sempre existiu e em períodos de crise torna-se mais efectiva, mas trata-se da procura de melhores processos para permitir uma poupança efectiva e maior produtividade”.

O responsável sublinha ainda que a empresa tem vindo a lançar muitos produtos no mercado. “Poderia destacar o lançamento da nova linha de contra-pesados eléctricos até 5t e também a nova linha de máquinas de combustão a diesel e a gás, com transmissão hidrodinâmica, entre 1.600kg e 3,5t, as quais já estão disponíveis em Portugal”. No próximo ano, a empresa pretende focar-se, cada vez mais, na indústria, além dos sectores habituais da logística, retalho e distribuição alimentar. Para tal, a empresa irá lançar alguns produtos específicos. “Na continuação desta nova gama de empilhadores frontais contra-balançados a diesel e a gás, vamos completar a gama até às 5t, temos ainda muitos outros produtos a lançar com vista a optimizar processos”. A título de exemplo, o responsável destacou os porta-paletes eléctricos com a grande evolução ao nível das bases logísticas e também os preparadores de encomendas com soluções novas, cada vez mais integradas com rádio-frequência e WMS.

Sobre o “Salão de Usadas Jungheirich”, Rui Dionísio, rental/used trucks manager da empresa, explica que esta foi a primeira vez que a empresa organizou um evento nestes moldes. “Nestes moldes, feito num local público, com este tipo de equipamentos e com a apresentação de tantos serviços, é uma novidade”. O foco principal do evento foi a máquina usada. No entanto, Rui Dionísio explica que “não faria sentido não complementar aquilo que é apresentado”. Até porque, “há clientes que vêm à procura daquela máquina que está a fazer-lhe falta, novas soluções, contratos de manutenção preventiva, entre outros”.

O responsável nota que “há de facto uma transferência de capacidade de investimento das empresas, as quais têm um desafio diferente com a redução do crédito, com a necessidade de baixar os custos operacionais, e que optam por situações em que a máquina não tem uma exigência a nível de disponibilidade e intensidade de trabalho tão grande e preferem poupar alguma coisa para poderem investir noutras áreas dentro da organização”. Assim, “a máquina usada, principalmente a semi-nova com três ou quatro anos, está perfeitamente em condições para que, com um recondicionamento, entre num segundo ciclo de vida para um trabalho menos intensivo”. Actualmente, “as PME são o alvo principal e são elas que procuram esse tipo de equipamento”, conta Rui Dionísio acrescentando que “as grandes empresas têm o mesmo princípio básico, ou seja, a redução dos custos operacionais”.

O evento contou com um número de visitantes a rondar as 80 pessoas e cerca de oito unidades vendidas em dois dias.

Written by